domingo, 2 de junho de 2013

MARIA CECÍLIA E RODOLFO 6 ANOS - MUITO ALÉM DE PALAVRAS...



É... Como as coisas mudam, hein...

Acreditamos que nem no melhor de seus sonhos Maria Cecília e Rodolfo imaginaram que, apenas 6 anos depois daquele dia que marcou o início da carreira deles, as coisas estariam como estão hoje.

E nem tinham como imaginar, mesmo.



A decisão, pouco depois, de trocar a vida de estudantes e futuros zootecnistas também foi um tiro no escuro, um jogo de loteria, uma cobrança de pênalti. Poderia dar certo, ou não. Eles poderiam se tornar uma grande dupla entre as outras grandes que já estavam por aqui, ou ficar uma vida inteira tentando alcançar o sucesso sem conseguir, ou ainda nunca chegar a lugar nenhum, tornando-se assim duas pessoas frustradas que, apesar de boas, não conseguiram mostrar seu talento para o mundo. Ou mesmo lidariam bem com o insucesso artístico, e transformariam a breve carreira em uma divertida história para contar, e na qual eles teriam o orgulho de dizer que ao menos tiveram a coragem de tentar.





Essa talvez seja a palavra mais apropriada: coragem. Afinal, foi dela que Maria Cecília se encheu para dividir uma música com Rodolfo num intervalo de aula na faculdade, e depois para convidá-lo para formar a dupla e começarem suas primeiras apresentações. Foi coragem o que Rodolfo precisou ter para aceitar o convite daquela menina atrevida, até então apenas mais uma colega entre tantas. Foi coragem o que os dois tiveram para pisar num palco pela primeira vez, sem saber se seriam recebidos com aplausos ou vaias. Foi coragem o que entrou como ar no peito deles para que encarassem seu primeiro grande show, e o que no final daquele ano precisaram ter para encarar seus pais e dizerem que iriam parar com os estudos para seguir naquela vida que se prenunciava de sucesso.



Coragem. Esse foi o ingrediente principal para que essas duas pessoas hoje tão especiais para nós, mas que há 6 anos nem sabíamos que existiam, passassem a fazer parte de tantas e tantas vidas. E entraram em nosso cotidiano, em nossas mentes e em nossos corações com tanta força, com tanta intensidade que deixam marcas profundas em quem eles tocam com suas músicas. Não precisa ser tocado pelas mãos de Maria Cecília e Rodolfo para se apaixonar. Esse amor vem em forma de música. Mas quando conseguimos esse contato próximo, quando encontramos aqueles olhares com os nossos, quando somos recebidos com abraços tão calorosos... Aí é como utilizar uma droga poderosa, mas com a vantagem que esse sentimento todo que eles nos despertam é um vício que só nos faz bem, só nos faz crescer e querer que isso chegue ao máximo possível de pessoas.



Não precisamos ficar aqui fazendo a retrospectiva de uma carreira que conhecemos tão bem. Não temos que ficar lembrando de números, das gravações do primeiro CD demo, e depois do primeiro, do segundo e há pouco do terceiro DVD. Isso todos sabemos, de cor e salteado. Também não temos que nos esforçar para recordar a primeira aparição na TV, o encontro com grandes apresentadores, a realização do sonho de conhecer e depois até gravar com seus ídolos. Se isso está eternizado para nós, imaginem para Maria e Rodolfo.



Preferimos celebrar, neste aniversário, o que aprendemos com os aniversariantes.

Aprendemos que é importante lutar para realizar nossos sonhos, por mais absurdos que possam parecer, que para chegar ao topo não precisamos fazer das cabeças dos outros os degraus de uma escada, e que ambição e ganância não são sinônimos. Aprendemos que família e amigos verdadeiros são a base de tudo, e que por mais pessoas que conheçamos ao longo da vida nunca devemos colocá-las no lugar dos que fazem de nós quem somos, e que estão conosco em todos os momentos, mesmo que à distância. Aprendemos que o sucesso deve andar sempre junto da humildade, e não pode nem deve mudar a essência que temos no coração, no caráter, na alma. Aprendemos que o sucesso construído com mentiras e falcatruas é tão forte quanto efêmero. Aprendemos que mães podem ser corujas, leoas, mas são sempre mães, e aos seus olhos seus filhos são sempre bebês, e que para defendê-los e protegê-los elas podem se tornar verdadeiras feras. Aprendemos que só vencemos nossos medos quando os encaramos, e que não importa quantas quedas e tropeços sofremos, mas sim quantas vezes e de que maneira levantamos.



Enfim, aprendemos tanto...

Tivemos outros tipos de aprendizado prático também.

Aprendemos que essas mães já mencionadas, e também os pais, podem ver sua família aumentar em milhares num piscar de olhos, com tantos novos sobrinhos que nem dá para mensurar. Aprendemos que não se deve entrar num brete sem ter 150% de certeza de que o touro está preso, bem preso mesmo, que não se encosta em uma pessoa que esteja levando um choque, que calçados com costura manual não servem para ir num rodeio e que cheiro de cocô de boi não larga fácil (às vezes nunca) de artigos de couro. Aprendemos que tereré deve ser tomado trincando de gelado, mesmo no inverno, e que churrasco fica muito bem com mandioca cozida. Aprendemos que a distância não separa grandes amigos, que é possível conhecê-los e mantê-los virtualmente, e que verdadeiras amizades se encontram mesmo nos lugares mais remotos, nem que seja numa cidadezinha tão pequena quanto linda no interior do MS.

Aprendemos, sobretudo, que nunca sabemos o suficiente para que deixemos de aprender.



Poderíamos passar uma vida inteira aqui recordando a carreira de Maria Cecília e Rodolfo, nossos encontros, as músicas preferidas de cada um, os momentos mais marcantes... Nunca haveria tempo suficiente. Nunca terminaríamos. Por isso, deixamos a cargo de cada um recordar e reviver essa linda história, dentro do que ela nos significa individualmente.

Já a Maria Cecília e Rodolfo só temos a agradecer.

Queridos, muito, mas muito obrigado mesmo, por tudo, sempre.

Obrigado por fazerem parte de nossas vidas, por serem tão importantes para nós, individual e coletivamente.

Obrigado por reconhecerem e valorizarem o significado que têm para cada um.

Obrigado por nos mostrarem que ainda existe amor de verdade, na sua forma mais pura, e que contos de fadas podem se tornar reais.

Obrigado por nos fazerem vencer nossos medos e limites, e por nos levarem a conhecer tantas pessoas e lugares que dificilmente conheceríamos, se não fosse por vocês.

Obrigado por nos receberem sempre de braços e sorrisos abertos, mesmo quando não merecemos.

Obrigado por serem os responsáveis por boa parte da trilha sonora de nossas vidas, e por nos deixarem participar das suas.

Obrigado por despertarem em nós talentos que nem sabíamos possuir.

Obrigado por nos ensinarem tanto, todos os dias.

E obrigado, enfim, por saberem que, apesar de falarmos e escrevermos tanto nunca conseguiremos expressar todo nosso amor e gratidão, e por isso mesmo aquilo que não conseguimos expressar com palavras fica subentendido nas letras e linhas gravadas no coração.



Não poderíamos deixar de agradecer também, é claro, a seus amigos e familiares, e mais ainda a seus pais, por serem a base forte sobre a qual se erguem suas vidas, desde sempre e até hoje, a cada dia, e por nos deixarem fazer parte dessa grande turma, que é o sustentáculo que mantém vocês de pé.

Obrigado a todos que trabalham com vocês, direta ou indiretamente, mais especialmente aos que não abandonaram o barco durante a tempestade. E obrigado também aos que provocaram essa tempestade: vocês, sujeitos de caráter torpe, não têm ideia do quanto aprendemos com todo o mal que vocês nos causaram (mas agora e para sempre queremos distância).



E a Deus, que tudo sabe, tudo pode e tudo vê, agradecemos a cada dia, na maneira e na fé de cada um, por ter feito vocês assim, na medida para nós. Ele, o único que faz tudo perfeito, caprichado, os dotou de tanto carisma e talento, e os transformou em fonte inesgotável de amor, que jorra sem parar, para que cada um dos que a vocês chegarem se sinta amado, como nós nos sentimos.

Amores, amados, contem sempre conosco, para literalmente tudo. Estamos aqui por e para vocês, sempre, para o que for, a que hora for, da maneira que for, seja para brigar, sofrer, sorrir ou festejar juntos.



Quando as pedras forem pesadas demais, nos chamem, que ajudamos a carregar.

Se as barreiras parecerem muito altas, as superamos juntos.

Se levarem uma rasteira e caírem, nós os ajudamos a levantar.

Quando alguém os atacar, nos transformamos na mãe leoa para defendê-los.

Sempre que aparecer uma notícia boa, que os números do sucesso aumentarem e que vocês tiverem motivo para festa, nos chamem para comemorarmos juntos.

E todos os dias em que por acaso pensarem se toda essa loucura que vivem vale a pena, lembrem do tanto de vidas que vocês mudaram, de quantos corações hoje sorriem felizes pelo simples fato de vocês tomarem aquela decisão há seis anos, e (parafraseando nossa queridíssima mãe passarinho) olhem para cima: estão vendo as pontas das nossas asas?