segunda-feira, 16 de setembro de 2013

DVD MARIA CECILIA E RODOLFO 'COM VOCÊ' - 1 ANO, MUITA HISTÓRIA...

Há um ano não existia um fã de Maria Cecília e Rodolfo que não estivesse com um frio na barriga. Nós todos precisávamos, devíamos mostrar a eles que a tempestade havia, enfim, acabado. E não poderia existir melhor maneira de fazer isso que não lotando o Parque das Nações Indígenas, uma das paisagens mais bonitas de Campo Grande.


Fomos para lá saídos de todos os lugares: SP, SC, PR, GO, MG, interior do MS e da própria CG, claro. Fomos chegando aos poucos, em grupos ou individualmente, sendo recebidos de braços abertos por esse povo maravilhoso da Cidade Morena.
Expectativa era nosso nome, e ansiedade o sobrenome.


Não importava o calor, nem mesmo a chuva que caiu na véspera, mas chegou a nos assustar com aquela ventania toda. Não importavam as horas de pé, nem a fome ou a sede. Não importava nem mesmo a corrida volta para casa da maioria, que teria de trabalhar na segunda-feira. Tudo o que queríamos era que as coisas saíssem da maneira mais perfeita possível.


Nos dias que antecederam a gravação providenciamos juntamente com os demais fãs e fã-clubes, outdoors espalhados pela cidade, para mostrar à Maria e ao Rodolfo que estaríamos ali, com eles, mesmo quando não estivéssemos presentes fisicamente ainda. E quem ficou de fora, seja qual for o motivo,  também foi, de certa maneira, não com o corpo, mas com o coração.


E se nós estávamos ansiosos, com os nervos à flor da pele, o dirão eles... E para os dois a carga emocional era maior ainda porque dentro de um mês seria o casamento deles. Não podemos nem queremos pensar o que se passava pelas cabeças e corações de Maria Cecília e Rodolfo. Depois de tudo o que havia se passado, de toda a turbulência enfrentada, eles mais que nunca precisavam que tudo desse certo.
E deu.  Ah, como deu certo...


A começar pelo dia, tudo foi perfeito. A chuva da véspera parou, e o sol brilhou forte. Às duas da tarde, quando os portões do parque se abriram e nós entramos o tempo parece que parou, ou que começou a passar de uma maneira diferente, particular, especial, exclusiva. Nos ajeitamos perto da grade e ficamos conversando, olhando o movimento, e mais que tudo tentando nos acalmar e apenas esperar pelo que viria. Naquela hora os termômetros marcavam 42°C, mas estávamos tão anestesiados que nem sentimos tanto na hora, somente quando a água que trazíamos acabou.


A estrutura era imensa, invejável. Um helicóptero dava razantes, o palco era gigante, e estavam presentes todos os veículos da imprensa. A tarde foi passando num tempo diferente do normal, não sabemos se maior ou menor, mas diferente. E quando escureceu pudemos ver, enfim, as luzes e, num piscar de olhos, os primeiros sons nos transportaram para outra dimensão, e o espetáculo começou.


Quando Maria Cecília entrou, já aos prantos, ninguém conseguiu mais conter a emoção. Choramos junto com ela, até mesmo os mais durões. E então ela começa a cantar os primeiros versos de VOCÊ DE VOLTA, num outro arranjo, para receber um não menos emocionado Rodolfo, com seus lindos e grandes olhos marejados, num abraço tão forte, tão intenso, que nos sentimos também ali, abraçados e abraçando. Mas aquele momento, ao mesmo tempo público e então eternizado em filmagens, era tão particular, tão deles... Porque ali só um poderia saber o que se passava dentro do outro. Era um abraço de “Vai dar tudo certo!”, de “Conseguimos!”... Abraço de alívio, de conforto, de força.


Sobre todo o show não precisamos falar, porque já o fizemos praticamente em detalhes há um ano. Destacamos, é claro, as participações especiais dos amigos Munhoz e Mariano, Humberto e Ronaldo, Jorge e Mateus, e dos ídolos e ao mesmo tempo fãs Zezé di Camargo e Luciano. Tivemos ainda o momento ímpar da declaração de amor mais bonita e sincera dos últimos tempos, com Rodolfo sozinho na voz e violão cantando MARIA, que dispensa apresentações, e a performance do casal a cada música, numa animação invejável, única, contagiante.







Mas se tem uma música que é nosso xodó, que ao menos para nós explicita todo o sentimento envolvido nesse projeto, todo o seu significado, é ADOÇANDO AS FALAS, ou melhor, um trecho dela: “É muito lindo, como um íbis encantador renascendo todo dia.” Essas poucas palavras resumem tudo. Recordando: o íbis é uma ave mitológica egípcia, cuja lenda diz que precisa retornar a seu ninho periodicamente, quando se sente fraco, para dali renascer, forte, capaz de voar para as terras mais distantes com toda a força de suas asas, e ninguém consegue alcançá-lo.



Pois então, Maria Cecília e Rodolfo foram o íbis no dia 16 de setembro de 2012. Depois de tudo o que aconteceu, que todos sabemos e não devemos nem precisamos relembrar, depois de toda a tempestade, de todas as pedras e espinhos, nada mais justo que voltassem a seu ninho, sua terra, a Campo Grande, onde tudo começou, junto aos seus amigos e familiares, a todos que os viram começar nesse sonho e aos que se juntaram a estes depois. Era ali que tudo deveria mesmo acontecer, e talvez por isso tenha demorado tanto, e certamente por isso foi tão emocionante e tão bonito.


Maria, Rodolfo, que vocês sempre lembrem dessa data com um carinho especial, por ter sido nela que um sonho de vocês, que acabou por se tornar o de todos nós, se transformou em realidade. Que esse DVD tenha servido para vocês verem e sentirem quem está com vocês de verdade, para o que der e vier, seja debaixo de chuva ou de sol, quem nunca abandonaria o barco mesmo nos piores momentos.


Acreditem, naquele dia, quando vimos nos olhos de vocês toda a emoção que demonstraram, quando vocês choraram e nós choramos juntos, tivemos certeza de que estávamos fazendo o certo, que estar ali presentes, de corpo ou em pensamento e coração, era obrigação nossa. Não nos importamos com a correria da viagem bate-e-volta, com o calor, o sol na cabeça, a sede, a fome, o cansaço. Faríamos tudo de novo, quantas vezes fossem necessárias. E faríamos com prazer. Chegaríamos antes dos portões abrirem e só iríamos embora depois da meia-noite, como fomos, mas com certeza estaríamos tão felizes que nem sentiríamos nada no corpo, só uma alegria imensa no coração, uma satisfação, sensação de dever cumprido.


Agradecemos, é claro, aos amigos que nos apoiaram nessa empreitada. À queridíssima Ângela Regasso, nossa diretora de diversões, que ciceroneou e hospedou o FSI, e às tias Irani e Vânia, nosso muitíssimo obrigado, por tudo! Vocês sabem que têm um espaço mais que especial no coração e na história do FSI. Às gordinhas mais top das galáxias, Mayara e Mariana, diretamente de Nioaque para o mundo, obrigado pela diversão, pela prosa sem fim e pelo gelo derretido que matou nossa sede no parque. À menina que também nos ajudou dando água antes das gordinhas chegarem, e de quem não sabemos nem o nome, nosso agradecimento sincero: você nos salvou naquela hora.



E, enfim, a vocês, Maria Cecília e Rodolfo, nem temos palavras para agradecer por ter nos permitido participar de um momento tão importante. Vocês sabem que não importa o que acontecer, mesmo que às vezes não pareça, estaremos sempre com vocês, para o que der e vier, chova ou faça sol, com enchente, terremoto ou ventania, mesmo que sejamos criticados ou tachados de loucos pelos que nos cercam e não nos entendem. E nos desculpem por não fazermos mais, nem melhor.


Para terminar, se é possível resumir em poucas palavras o que vivemos e sentimos em relação a esse DVD, a esse filho de vocês que é também um pouquinho de cada um de nós, ficamos com alguns versos do hino do FSI, com o qual vocês encerraram a gravação, novamente num abraço que de certa forma também nos envolveu, e que traduz o que se passa nos corações do lado de cá: "Sentimento louco, amor bem profundo..."