sábado, 15 de janeiro de 2011

MARIA E AS CRIANÇAS

Há muito tempo o FSI vem ensaiando escrever esse post, mas nenhum momento nos pareceu tão propício quanto o atual.

Decidimos falar sobre o fascínio que Maria Cecília exerce sobre os fãs porque nós mesmas nos sentimos fascinadas, e não conseguimos compreender, mesmo sob o aspecto mais racional da situação, o que leva a nós e a todos os fãs a sentir o que sentimos.


Alguns acham que a paixão – sim, porque não consideramos isso um sentimento menor e menos avassalador que uma paixão incontrolável – é algo próprio dos adolescentes especialmente. Os adolescentes são naturalmente passionais, se movem com o coração e os instintos. Mas ao menos neste caso a afirmação é incorreta. Porque temos entre esses apaixonados por Maria Cecília pessoas de todas as idades. Nós delegadas, por exemplo, temos entre 22 e 32 anos, e nem por isso nos consideramos menos fãs que as meninas e os meninos que têm por volta de 12. Temos também o caso de muitas vovós que levam seus netos aos shows e se tornam fãs. Essas veem Maria como uma neta linda e famosa, as mães como a filha da qual tanto se orgulham, as da nossa faixa de idade como a irmã, a amiga.




Mas há um pessoal que merece um capítulo à parte nessa história: as crianças. Certamente nenhuma outra dupla sertaneja, em qualquer época que seja, causou tanto impacto nessa galerinha pequena quanto Maria Cecília e Rodolfo. Claro que todas adoram Rodolfo, as meninas o acham lindo e os meninos gostam de imitá-lo, mas sem dúvidas a principal responsável por esse fenômeno é Maria. Ela nunca se propôs a atingir especificamente esse público, se não teria tentado outra carreira, e não a de cantora sertaneja. O que aconteceu foi algo natural, realmente um daqueles acontecimentos inexplicáveis racionalmente, como acontece com as grandes paixões.



Talvez por não utilizar temas mais agressivos – porém recorrentes no sertanejo atual – em suas canções, como farras e bebedeiras, e cantar o amor de maneira suave e por vezes até engraçada as crianças se sentiram à vontade para cantar junto com Maria e Rodolfo. E a aparência de menina, frágil, de rosto delicado, fez de Maria um modelo a ser seguido pelas meninas. Muitas vezes já nos deparamos com garotinhas de 6 anos de idade dizendo “Quando crescer quero ser igual a ela...” ou “Mãe, quero um vestido igual a esse”.


Na falta de uma personalidade feminina forte que tenha tal poder, Maria Cecília conseguiu, sem querer, ocupar um lugar que já foi de Xuxa e, por que não, de Sandy. A Xuxa de hoje não é a mesma da nossa infância, Sandy também se tornou uma mulher madura e Maria acabou por conquistar um espaço que estava vazio. Claro que ela também mudou. Afinal, três anos e meio não são nada para quem quer consolidar uma carreira artística duradoura, mas significam muito na vida de uma pessoa, especialmente nessa fase. O corpo muda, a aparência muda, assim como a voz, as roupas que veste e a maneira de pensar e agir.

O tempo é um dos poucos agentes da natureza sob o qual o homem ainda não conseguiu obter controle, e continua correndo igualmente, para todos. A diferença é o que as pessoas fazem com esse tempo. Algumas ficam estagnadas, presas a um passado que pode até ter sido bom, mas que já foi, já passou. Outras andam a passos de tartaruga e outras ainda, como é o caso de Maria Cecília, mudam para melhor.

E tem gente mais sincera do que criança? Elas são instintivas e honestas por natureza, e se Maria não fosse por dentro a mesma do começo da carreira as meninas certamente não continuariam tão apaixonadas.

Maria cresceu, e as meninas que gostavam dela há três anos cresceram junto, enquanto outras a descobriam pelo caminho. Algumas dessas meninas, nas mudanças das quais o tempo não poupa ninguém, já se tornaram adolescentes, e vêem nas músicas outros significados. A sensação de novas descobertas, a chegada do primeiro amor. Elas mudaram a visão que tinham de algumas músicas, e isso só fez aumentar o que já sentiam por Maria e Rodolfo.


Enquanto isso, quem era ainda muito pequeno para sequer poder cantar junto com eles cresceu ouvindo suas músicas, e hoje são presença marcante nos shows. Quem já foi ao camarim depois de um show de Maria Cecília e Rodolfo testemunhou a quantidade de crianças ansiosas por conhecê-los, ganhar um abraço e um beijo e tirar uma foto com eles. Elas sempre recebem atenção e tratamento especial e ficam radiantes enquanto aguardam na fila, na qual sempre ocupam os primeiros lugares. Ao sair a expressão mais ouvida é “Ela é linda, parece uma bonequinha...” e algumas chegam inclusive às lágrimas, dizendo que quando crescerem querem ser igual a ela. Querem usar as mesmas roupas, a mesma maquiagem, o mesmo perfume, o mesmo salto alto. Têm definitivamente Maria como um modelo a ser seguido. E os rostinhos felizes que vemos nas fotos desse post são a prova mais fiel disso.

Certamente nem todas essas crianças, essas meninas especificamente, continuarão sendo tão fãs de Maria Cecília e Rodolfo para sempre. Algumas sim, ainda serão vistas nos shows daqui a muitos anos, com suas próprias crianças. Outras, porém, conhecerão e se apaixonarão por outros estilos musicais, mudarão de gosto e opinião, mas terão aquela lembrança doce da infância, quando conheceram uma princesa que cantava junto a seu príncipe encantado, e praticamente representava ali, no palco, um conto de fadas, só que da vida real. Nos encontros de amigos tentarão se lembrar das músicas que aprenderam quando pequenos, e se divertirão com isso. E então terão dado espaço para uma turminha ainda menor em estatura, mas não em força, que está surgindo hoje, e amanhã também estará lá, aguardando ansiosamente por uma foto, um beijo, um “oi”: os bebês apaixonados por Maria Cecília e Rodolfo.

Sim! Isso não é exagero nenhum, nós garantimos. Alguém aí já experimentou colocar um bebê de três meses para dormir ao som de PEGOU PEGOU? Experimente fazer isso. Funciona mesmo. Ou então coloque TCHAU TCHAU e veja esse mesmo bebê pular em seu colo, quando ele não consegue nem mesmo se sentar sozinho ainda. Quando quiser distraí-lo quando o primeiro dentinho estiver rasgando e ele chorar por causa daquela coceirinha inevitável tente dançar ELA NÃO ME QUER com ele no colo. Depois conte-nos o resultado.

A MINI DELEGADA SOPHIA

E para acalmá-lo, que tal um conto de fadas? Mas não Cinderela, nem Bela Adormecida ou Branca de Neve. Conte-lhe a história da princesa Maria, que conheceu o príncipe Rodolfo e junto com ele se tornou um dos maiores fenômenos da música brasileira. Tente lhe explicar – isso se você conseguir descobrir – a razão de provocarem tanto fascínio, tanta paixão. Porque, quase inevitavelmente, você terá que lidar com isso quando ele crescer e passar horas e horas assistindo o mesmo DVD, olhando admirado para Maria da mesma maneira que as primeiras crianças olharam, há anos atrás...

A DELEGADA MIRIM NICOLLE
A

Um comentário:

  1. Adorei a resposta aquele cara nem imagina com quem mexeu escrevendo um monte de lolotas kkk somos a familiaMC&R, e nunca iremos permitir q alguém sem noç~so fale mal de MC&R.Tenho uma prima de
    3anos ela ama a mc SABE CANTAR TODAS as musicas e tem até poster colado na parede do quarto...Ah já ia me esquecendo a cada dia q passa nossa DIVA MC está cada vez masi linda...(@_CamilaBastos_)

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