Bem, o que aconteceu nas últimas semanas com Maria Cecília e Rodolfo já era imaginável, mas convenhamos que, novamente, nossas expectativas de fãs, sempre elevadíssimas, foram mais uma vez superadas.

O que se viu nas últimas dez apresentações do casal sertanejo mais apaixonado do Brasil foi novamente a superação, a prova de que quando algo é puro e verdadeiro não existem barreiras insuperáveis, e que onde existem trabalho e dedicação tudo se torna possível.
TCHAU TCHAU em Esplanada
Como já dito no nosso post do dia 22/06, quando inciava-se a turnê de São João, Maria Cecília e Rodolfo já haviam marcado fortemente a presença da jovem música sertaneja na terra do forró em 2010. Por isso, 2011 seria a confirmação ou não de que realmente não existem mais barreiras musicais no Brasil. Dito e feito.


Resumindo: tal e qual a população do Brasil, sua música é totalmente heterogênea. Não existe mais aquela história de é forró no nordeste, samba no Rio de Janeiro, sertanejo no interior... Agora em todo lugar se ouve todo tipo de música, o público gosta de todos os estilos e comparece em peso a todos os shows. E quando se trata de artistas em evidência, como Maria Cecília e Rodolfo, isso se reflete nos números e na emoção.

As palavras usadas por quem compareceu a esses 8 shows são "maravilhoso", "inesquecível", "surpreendente", "lindos"... Realmente não há adjetivos que possam expressar através de palavras uma das principais funções da música: emocionar. Não há o que se diga que retrate a emoção de quem presenciou tais momentos, e esse é o melhor pagamento que qualquer artista pode obter. A comoção de uma plateia lotada vale mais que qualquer cachê, e a certeza de que isso se repetirá a cada vez de maneira mais forte só reforça o convite para voltar.

Definitivamente em 2011 a onda sertaneja invadiu o nordeste em pleno São João, não só com Maria Cecília e Rodolfo, mas também com vários outros artistas, sem que para isso o forró e outros ritmos locais, assim como seus representantes, tenha sido obrigado a se retirar. Claro que há sempre quem diga o contrário, que tente azedar um prato tão saboroso e feito com tanto carinho, mas o que é uma só pessoa andando em sentido contrário a uma multidão?

Aqui um dos nossos momentos ownnnnnnnnnnnnnn de sempre, dessa vez muito mais ownnnnnnnnnnnnnnnnnnnn que de costume... Só vendo pra entender...
E se a voz do povo é a voz de Deus, como diz o ditado popular, esta se mostra, como não poderia deixar de ser, totalmente livre de preconceitos, rótulos, amarras. Se mostra miscigenado como a população brasileira.

OS DIAS VÃO em Belém
Aos fãs que chegaram agora, depois dessa turnê, desejamos as boas vindas.
Aos das antigas, que continuem sempre dando força aos nossos lindos e recebendo de braços abertos e com respeito aos recém chegados.
E aos do contra apenas uma advertência: lembrem-se que não somos, enquanto povo brasileiro, cavalos puxadores de carroça que são obrigados e olhar apenas em uma direção, que é dos preconceitos e da intolerância que nascem as guerras e, principalmente, que quem quer respeito deve também respeitar.
Ah, claro, e a Maria, Rodolfo e toda equipe: preparem-se! Desenferrujem as cinturas e deixem suas percatas e chapéus de couro a postos, porque ano que vem o arrocho será bem mais forte...
E quando os desavisados de plantão pensavam que depois dessa mini maratona Maria Cecília e Rodolfo junto à sua trupe fossem para casa descansar, que nada! Eles pegaram no dia 01/07 um avião com destino à sua primeira turnê na Europa.
Foram apenas dois shows em Portugal, em Lisboa, no Coliseu dos Recreios, e Porto, na Sala 114, mas que certamente já entraram para a história. Afinal, para quem começou a carreira há apenas 4 anos nada melhor que mostrar aos nossos patrícios por que o Brasil é tão apaixonado por eles.
Quanto aos números muitos podem até achar pequena a média de cerca de 1500 pessoas por show, mas se considerarmos todos os fatores veremos que o sucesso foi absoluto.
A plateia era formada praticamente de brasileiros residentes em Portugal e portugueses levados por estes. E enquanto os brasileiros matavam a saudade os portugueses viam ali, na sua frente, a razão de tanto amor.
Pois é... Mais de 500 anos depois de um português ter começado a conquista do Brasil dois brasileiros conquistam Portugal.
Compartilhando de um mesmo idioma que por vezes parece outro dependendo do local onde é falado, apenas brasileiros, portugueses e alguns outros irmãos têm o privilégio de ter em seu vocabulário a palavra saudade.
Saudade que às vezes dói e outras é até gostosa de sentir.
Saudade que revela outros sentimentos, bons e ruins.
Saudade que Maria Cecília e Rodolfo deixaram nos portugueses.
Saudade que apertou tanto o peito deles, e ainda mais o nosso, que os deixou tirar apenas alguns dias de folga do outro lado do Atlântico, e os trouxe de volta antes que a falta deles aqui se tornasse maior que a alegria e o prazer de vê-los fazendo tanto sucesso no além mar...
Amores, bem vindos de volta.
Portugal, até qualquer dia.
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